A Polícia Civil (PC) prendeu um pintor suspeito de matar a travesti Ronaldo Antônio Gonçalves, de 46 anos, em Goiânia. Jales Pires Borges Filho, de 30 anos, confessou o crime. O delegado Francisco Costa disse que eles, que já se conheciam e tiveram encontros casuais, ingeriram bebidas alcoólicas e mantiveram relações sexuais, mas teriam brigado porque Jales queria ir embora e a vítima não deixou.

O corpo de Ronaldo, que era cabeleireira e conhecida popularmente como Rony, foi achado com marcas de agressão, nu e coberto por um lençol, na tarde do último dia 6. Ela morava em um cômodo nos fundos da casa da mãe, no Jardim América. De acordo com o delegado, Jales é dependente químico de cocaína. No dia anterior ao crime, ele usou drogas e se encontrou com a vítima na casa dela, onde ela bebia com um amigo, que foi embora e deixou o pintor e a vítima na casa.

Segundo o delegado, ambos foram para o quarto, continuaram bebendo e usando drogas. “Depois mantiveram relações sexuais. Na madrugada, quando Jales disse que iria embora, Rony não quis deixar. O pintor, então, começou a agredir a vítima com vários socos até que ela caísse no chão. Em seguida, montou sobre ela e a enforcou”, explicou. Jales fugiu do local em seguida.

Tão logo soube do crime, a Polícia Civil identificou o autor e representou pela prisão. O pintor se apresentou à polícia na última quinta-feira (10), mas não sabia que contra ele já havia um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O termo foi cumprido e ele ficou preso. O delegado descartou que o crime tenha relação com uma quantia em dinheiro que Ronaldo havia recebido pela venda de um imóvel, hipótese cogitada na época do assassinato.