O secretário da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, afirmou nesta quarta-feira (8), durante entrevista concedida ao radiojornal O Mundo em sua casa, que o estudo elaborado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta a tendência de que o período mais crítico da pandemia da Covid-19 seja de 22 a 27 de julho próximo. No período, os setores público e privado de saúde poderão sofrer a maior pressão.

Ismael comentou as últimas estatísticas da pandemia no Estado, relativas a esta terça-feira (7) quando os casos confirmados totalizaram 31.545 e os óbitos somaram 715. E foi registrado número recorde de mortes em 24 horas: 61.

“Acredito que já estamos vivendo o pico, que deve culminar no dias 22 a 27, e tende a diminuir depois o número de casos e óbitos diários, pouco a pouco”, disse. Acrescentou que foi dessa forma que aconteceu em outros países e em outros estados do País.

Ações
O secretário disse que Goiás se preparou nesses mais de 100 dias após o início da pandemia. “Se não tivéssemos tomado as ações há mais de 60 dias, (o sistema de saúde) já teria colapsado”, disse. Citou que foram inaugurados cinco Hospitais de Campanha, o número de leitos de UTI dobrou em relação ao ano passado, foram aumentados os leitos de enfermaria, quase 2 mil pessoas foram contratadas e mais de 4 milhões de unidades de proteção individual (UPIs) foram distribuídas.

Citou ainda que foram distribuídos mais de 1.500 equipamentos para os hospitais estaduais, entre realocados e novos. “Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, se preparou, do ponto de vista de gestão, para enfrentar esse momento”, destacou.

Novos respiradores
A respeito dos novos respiradores adquiridos pelo Governo do Estado, informou que oito foram destinados a Luziânia, dois para Trindade, três para Jaraguá e cinco para Catalão. Foram mandados dez para que o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) possa ofertar leitos de UTI (para pacientes da Covid-19); e está sendo avaliada a necessidade de enviar equipamentos nesta quinta-feira, 9, também para Jataí.

Explicou que o Estado tem descentralizado o sistema de atendimento de saúde, antes concentrado na capital, sendo que o Governo investiu na regionalização, de forma que hoje todas as Macrorregiões de Saúde de Goiás têm Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Ismael Alexandrino argumentou que não podemos acompanhar o calendário europeu de reabertura das atividades, porque aquele continente, fora o Oriente, foi onde primeiro o novo coronavírus se disseminou. Mesmo no Brasil os Estados vivem momentos diferentes da pandemia, afirmou.