O Governo de Goiás entregou, na manhã desta terça-feira (09), a sede do Grupo Estadual de Repressão a Estupros (Gere), localizada no Setor Jaó, em Goiânia. A estrutura, pertencente à Polícia Civil, vai abrigar os serviços de inteligência que dão suporte às investigações nos casos de violência sexual no Estado. O vice-governador, Lincoln Tejota, representou o governador Ronaldo Caiado na solenidade e fez o descerramento da placa de inauguração.

O grupo, que atua em crimes complexos, foi anunciado em outubro do ano passado pelo governador Ronaldo Caiado, ocasião em que o trabalho, inédito no Brasil, foi iniciado como mais uma via de atuação para diminuir a impunidade e inibir a incidência deste tipo criminal. “Não vou admitir qualquer nível de agressão contra mulher em nosso Estado”, determinou Caiado na época. O trabalho, planejado para atuar junto às delegacias que atendem vítimas de estupro, gira em torno da utilização de ferramentas de tecnologia, análises e parcerias com o Instituto de Identificação e com a Superintendência de Polícia Técnico-Científica.

O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, acredita que o trabalho iniciado em Goiás será “exemplo para o Brasil”. Ele reforçou que não há crime de maior repulsa na sociedade como a violência sexual. Estamos trabalhando para acabar com a impunidade e, ao mesmo, tempo acabar com este tipo de covardia”.

Para a delegada-geral adjunta, Letícia Franco de Araújo, o empenho de equipes da área de segurança pública formatou um trabalho “diferente de tudo o que já se viu na atuação da polícia jurídica no Brasil”. “Esperamos realmente que a Polícia Civil possa se dedicar muito a este incremento de atuação para esta demanda que foi identificada e que precisava ser enfrentada com urgência”, pontuou.

Titular do Gere, a delegada Karla Guimarães explicou que o grupo não atua no atendimento às vítimas, mas estrategicamente ao concentrar as investigações e promover a conexão entre as delegacias “com trabalhos de análise de laudos, alinhamento e interlocuções entre colegas”. “Este crime fere a alma e atinge toda a família”, declarou.