“A dor que eu sinto não é nada perto da dor do povo brasileiro”, diz Lula, após o fim dos seus processos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (10) que “não tem mágoas” após todo o processo de linchamento midiático e jurídico que sofreu.
Ele concede entrevista coletiva nesta manhã na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anular na segunda-feira (8) as sentenças expedidas no âmbito da operação Lava Jato, devolvendo sua elegibilidade.
Nesta terça, a Segunda Turma do STF voltou a apreciar a suspeição de Moro e tudo indicada que o ex-juiz será declarado suspeito – a sessão foi suspensa pelo pedido de vistas do ministro Nunes Freire, que está em São Paulo com os pais internados, ambos infectados com Covid-19.
Lula também reforçou que “o sofrimento que as pessoas pobres estão passando nesse país é muito maior do que todas as injustiças que fizeram contra mim”. “Não existe dor maior do que a do cidadão desempregado”, completou.
Ele também condenou o decreto de Jair Bolsonaro que facilita o acesso à armas de fogo. “Um presidente não é eleito para falar bobagens e fake news. Não é eleito para armar a população. Não precisamos de mais armas”.
“Quem está precisando de armas é as Forças Armadas, é a polícia. Não fazendeiros, não milicianos para matar meninas e meninos negros”, acrescentou o petista.