O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, explanou sobre os aspectos da Nota Técnica editada pela SES-GO, instituindo os status de ‘Alerta’, ‘Crítico’ e ‘Calamidade’, para as 18 regiões goianas, de acordo com as condições de contágio e proliferação da Covid-19.

“A nota técnica tem um aspecto atemporal, porque ela vai categorizar municípios e regiões com alguns critérios específicos, de forma que o gestor municipal, já que é ele que tem autonomia, segundo o STF, possa adotar as medidas de acordo com o status da sua região”, observou Alexandrino. A avaliação desse status será feita e divulgada semanalmente.

Segundo ele, as regiões mais críticas hoje são Vale do São Patrício, Oeste I, que abrange o Rio Vermelho, Estrada de Ferro, Entorno Sul do DF e por isso mesmo merecem medidas mais enérgicas dos gestores municipais e que estão na Nota Técnica.

“Olhamos o Estado todo, verificando as peculiaridades de cada região, não se configurando como uma ação linear. Assim, atendemos a capacidade de atenção à saúde quanto à velocidade de transmissão. Via de regra, vale para a população em geral, porque estamos em franca expansão da segunda onda. Temos várias cepas identificadas, diferentes da primeira onda, e que são mais transmissíveis”, explicou.

Controle

Para guiar as ações voltadas para gestão de serviços e controle de contágio, será considerada uma divisão de 18 regiões no Estado. Semanalmente, a avaliação da SES-GO vai estratificar os locais conforme três estágios de situação: alerta, crítica e calamidade. Quando classificada em situação de alerta, é permitido à região o funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas.

A estratificação em situação crítica requer redução na capacidade de atendimento em atividades de alto risco de contaminação como bares e instituições religiosas, ambos passam a ter permissão para ocupar 30% da capacidade. Já atividades de baixo risco, como salões de beleza, barbearias, shoppings e centros comerciais ficam com o limite de 50% de utilização. Eventos, transporte coletivo e outros setores terão restrições específicas.

Já para os casos de calamidade, o entendimento das autoridades em saúde é que haja a interrupção de todas as atividades, exceto supermercados e congêneres, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde. A nota técnica define ainda que, caso seja observado piora nos indicadores, cada região manterá as medidas restritivas respectivas a cada situação por pelo menos 14 dias.