Período de seca eleva preocupação com incêndios florestais em Goiás

Período de seca eleva preocupação com incêndios florestais em Goiás

Goiás registrou, de janeiro até o início da última semana, 2.769 ocorrências de incêndios em vegetação, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Desse total, 1.530 foram caracterizados como incêndio florestal e 1.239 em lotes baldios. Nesse mesmo período de 2019, foram registrados 4.323 focos no estado.

Embora os dados apontem uma redução de aproximadamente 13% no número de focos em seis meses e meio de 2020, com relação ao igual período do ano passado, os dois últimos meses deste ano deixaram a corporação em alerta. Os registros de incêndios em maio e junho desse ano mostram um aumento de quase 99% na quantidade de queimadas no Estado. Foram 587 a mais que no mesmo período de 2019, incluindo incêndios em vegetações e em culturas agrícolas.

Esses números chamam atenção e geram preocupação, com a entrada no período de estiagem. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado (Cimehgo), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), na última sexta-feira, dia 17, Goiás completou 50 dias sem chuvas. Segundo o gerente do Cimehgo, André Amorim, a umidade relativa do ar em Goiás está em estado de atenção e não há previsão de chuva para os próximos dias.

De acordo com o Major Daniel Freire Pereira Batista, subcoordenador geral da Operação Cerrado Vivo do Corpo de Bombeiros, com a redução da umidade relativa do ar, a elevação das temperaturas, associadas ao vento e à vegetação seca, as condições se tornam favoráveis à propagação do fogo. “É o que denominamos fator 30, 30, 30, ou seja, temperaturas acima de 30º, umidade relativa do ar abaixo de 30% e ventos com velocidades acima de 30 km/h. São fatores que tornam os incêndios florestais mais perigosos, danosos e de difícil controle”, pontuou.