Nutricionista especializada em consultoria auxilia empreendedores no ramo alimentício

Nutricionista especializada em consultoria auxilia empreendedores no ramo alimentício

Por Márcio Souza, do JGDN

É bastante comum empresários encontrar uma série de problemas na sua empresa, ou no seu produto, além da dificuldade em tirar ideias do papel. Com o desemprego, o empreendedorismo no ramo alimentício tem aumentado exponencialmente. De restaurantes e bares nos grandes centros a feiras livres e lanchonetes nos bairros, empreender nunca esteve em alta como nos últimos anos.

Para garantir a prestação de serviços, e conquistar cada vez mais a atenção e a fidelidade do consumidor, é necessário lhe oferecer muito mais do que um produto de qualidade. E é exatamente nesse ponto que uma consultoria em alimentos entra em cena. Com 10 anos de experiência na área de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), a nutricionista e consultora de alimentos, Marcielly Batista Toscano Lima ressalta que esse trabalho nas empresas envolve desde a organização e escolha de alimentos, até treinamentos de funcionários para adequação às normas da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

“Muitos empresários constroem e gerenciam estabelecimentos achando que sabem tudo. Mas, quando a vigilância sanitária chega para fiscalizar, percebe-se que muitos não sabem a teoria, não sabem como adaptar o local. O consultor acompanha todo o processo que vai desde a construção do estabelecimento alimentício, documentação de funcionamento, manipulação do produto, manuseio, cada etapa até ao consumidor final, que é o cliente”, explica.

Marcielly destaca a importância em prezar sempre pela qualidade do produto. Observar como é feita a manipulação do alimento, armazenamento e o descarte final. Além disso, ela frisa a necessidade das empresas em atender aos processos da contratação do colaborador, buscando treinamento, auxílio e orientação sobre as melhores formas de conduzir uma cozinha .

“Tem empresa que contrata o colaborador sem antes passar por um treinamento, não sabe o histórico de saúde. Na cozinha, não vê problema em trocar o sapato fechado pelo chinelo. Pode cair alguma coisa quente no pé. Cozinhar usando short, bermuda, blusa cavada, não pode”.

Uma responsável técnica pelo setor também se faz necessário em algumas empresas. “Durante a fiscalização, dependendo da situação, a vigilância sanitária fecha as portas. Não cabe a multa, e nem fechar por um tempo determinado, só depois que tiver a responsável técnica que responda pelo estabelecimento”, enfatiza.

Foto: Nutricionista e Consultora de Alimentos Marcielly Batista Toscano Lima

A pandemia do novo coronavírus vem trazendo uma série de mudanças no setor alimentício. É imprescindível que as empresas estejam atentas aos novos hábitos, prezando sempre pela qualidade e bem-estar dos consumidores. A nutricionista lembra que o cliente é cada vez mais exigente.

“Ele busca um alimento mais saudável, bem feito, de qualidade. Qualquer restaurante que venha ter um ‘negocinho’ na comida, o cliente já tira foto, registra tudo. Além disso, é preciso que o setor de alimentação se adeque para que, por exemplo, não ocorra nenhum risco de contaminação, de perigo para a saúde, pois dependendo da intoxicação alimentar, em casos mais graves pode levar à morte”.

Por conta do novo vírus, setores alimentícios devem manter distanciamento entre funcionários e clientes. Usar máscara, higienizar com frequência o local e utensílios utilizados. Mesas precisam estar distantes uma das outras e portando álcool em gel.

Com as medidas de isolamento social, o setor de Delivery vem crescendo bastante. A expectativa é que a demanda por esse serviço de alimentos permaneça mesmo após a quarentena, forçando empresas a se adaptarem a essa nova realidade.

“Muitas empresas estão recorrendo aos treinamentos com motoboys. É preciso usar máscara, álcool em gel e luva descartável. Quando chegar para entregar o produto ao cliente, colocar outra luva. Manter um certo distanciamento ao entregar a encomenda. Ao voltar para a empresa, em um lugar mais apropriado, descartar a luva e higienizar as mãos com sabão ou álcool 70%”, reforça.

Pensando no bem-estar e qualidade de vida do colaborador, ao aderir aos serviços de consultoria, as empresas contam também com ajuda do nutricionista no acompanhamento da saúde do funcionário.


“Nesse período de pandemia, temos ajudado o empresário não só na parte técnica, mas também na parte emocional, para que ele consiga se reerguer. Conversamos com colaboradores e incentivamos a trabalharem com mais eficiência e qualidade”, salienta a consultora.

Seja para o pequeno ou grande empreendedor, a consultoria de alimentos busca, além de melhorias na empresa, conhecimento auxiliando na conscientização da qualidade dos produtos, destacando, sobretudo o papel do nutricionista como agente de mudanças e avanços nos processos de produção e distribuição de alimentos.

Fotos: Arquivo Pessoal / Internet