Um dia depois do pronunciamento de Jair Bolsonaro com ataques à política de confinamento da população, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou a aliados nesta quarta-feira, 25, que não pedirá demissão e tampouco irá seguir as orientações anticientíficas de Bolsonaro.

“Segundo um interlocutor direto de Mandetta, ele não vai encampar a tese do ‘isolamento vertical’, deixando apenas idosos e pessoas com doenças pré-existentes fora do convívio social — conforme o presidente defendeu ontem”, afirma o jornalista Guilherme Amado, da revista Época. 

O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite de ontem (24), minimizando a gravidade da pandemia de coronavírus e a necessidade das medidas que estão sendo tomadas para evitar a propagação, despertou o repúdio de prefeitos e secretários estaduais de saúde.

Por meio de nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que reúne os gestores estaduais, disse que o país já tem problemas demais e que é inadmissível “permitir o dissenso e a dubiedade de condução do enfrentamento à Covid-19. E que assim “é preciso que seja reparado o que nos parece ser um grave erro do Presidente da República”.