“Hospital do Servidor Público em Goiás será concluído em sete meses”, garante Caiado

“Hospital do Servidor Público em Goiás será concluído em sete meses”, garante Caiado

O governador Ronaldo Caiado assinou, na tarde desta quarta-feira (03), a ordem de serviço para a retomada das obras do Hospital do Servidor Público de Goiás. “Vamos concluir dentro de sete meses, entregar com toda aparelhagem e com médicos atendendo o paciente. Isso de inaugurar para não abrir as portas não acontecerá no nosso governo”, assegurou. Em 2018, ano eleitoral, o ex-governador chegou a realizar solenidade de inauguração, mesmo com a obra visivelmente inacabada. Para conclusão do hospital, faltam 20% de sua construção.

A retomada das obras é resultado de um processo de moralização da gestão do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado (Ipasgo). O governador percorreu as áreas inacabadas no primeiro piso do hospital, incluindo a lavanderia, refeitório, cozinha, enfermaria e, no térreo, a ala para exames de imagem. No espaço onde já deveria estar funcionando o serviço de tomografia, o piso ainda está no chão batido, e as paredes no concreto, com fiação à vista. O governador lembrou que ali há paredes falsas para evitar que os pacientes atendidos do outro lado, na pequena parte que funciona, vejam a real situação.

“Aqueles que se diziam defensores do servidor público davam com uma mão e retiravam com as duas”, comentou Caiado, lembrando que orçamento inicial para construção do hospital era de R$ 67,1 milhões. A obra deveria ter sido entregue em abril de 2016. Nesse período, teve 17 aditivos, o que fez o valor saltar para R$ 84,4 milhões. Segundo levantamento do Ipasgo, serão necessários mais cerca de R$ 80 milhões para equipar a unidade de saúde, já que a gestão passada não realizou previsão orçamentária para aquisição de equipamentos e insumos.

Caiado informou ainda que sequer foi realizado um estudo para definir as especialidades do hospital. Tal levantamento é feito só agora, pela nova gestão do Ipasgo. “O que precisamos neste momento é pensar na qualidade do atendimento. A maneira como o cidadão aqui será recebido, a qualidade de medicina que será ofertada a ele”, disse. Assim que concluído, o hospital terá 211 leitos, 76 de enfermaria e 40 apartamentos, além de 30 leitos de UTI, centro cirúrgico com oito salas, centro de diagnóstico de imagem e centro de oncologia.

A primeira-dama Gracinha Caiado também argumentou que visitar as obras provocou dois sentimentos. “Alegria, por ver o governador recomeçar a obras, e perplexidade, pela irresponsabilidade do governo anterior, a falta de cuidado com o servidor. As pessoas estão chorando sem atendimento, porque não tem hospital. Isso acontece aqui e em outros lugares”, lamentou. A primeira-dama lembrou o caso do Hospital de Uruaçu, que também tem obras inacabadas.